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Confira neste artigo:

  1. Introdução
  2. Quais são os principais distúrbios do sono?
  3. Outros dados do levantamento
  4. Os benefícios de respirar e dormir bem
  5. Prevenção e mudança de hábitos

1) Introdução

Dia Mundial do Sono: sim, existe uma data específica para enaltecer a importância do sono para a melhora da saúde e qualidade de vida. Celebrada em 17 de março, também motivou um levantamento realizado pelo Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) para esmiuçar os dados sobre os distúrbios do sono e quais são os fatores que atrapalham as pessoas a ter um sono de qualidade.

Isto porque a otorrinolaringologia é uma especialidade médica responsável por diagnosticar e tratar os distúrbios respiratórios do sono. A pesquisa, realizada em fevereiro de 2023 com mais de 430 especialistas de todo o País, mostra que as queixas relacionadas à dificuldade de dormir representam 25% do total de reclamações dos(as) pacientes. Destas, quase 94% estão associadas a roncos e apneia obstrutiva do sono.

Entenda, a seguir, mais detalhes sobre esses e outros problemas que afetam o sono de qualidade.

2) Quais são os principais distúrbios do sono?

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela interrupção da respiração por dez segundos ou mais durante a noite, segundo explica o coordenador do Departamento de Medicina do Sono da ABORL-CCF, Danilo Sguillar. 

“Além da parada respiratória, os sinais mais comuns da apneia são o ronco alto, sonolência diurna e alterações cardiovasculares e metabólicas, como pressão arterial elevada, arritmia e diabetes. Estima-se que 936 milhões de pessoas em todo o mundo sofram desse problema”, declara o otorrinolaringologista e médico do sono.

De acordo com o especialista, os distúrbios mais comuns depois do ronco e apneia são a insônia e o sono insuficiente, também conhecido como privação do sono.

O estudo da ABORL-CCF demonstrou que uma pequena parcela dos(as) pacientes que procura o otorrinolaringologista se queixa de insônia, bruxismo, sonolência excessiva e parassonia, um problema caracterizado por comportamentos indesejáveis durante o sono, como sonambulismo e terror noturno, por exemplo.

3) Outros dados do levantamento

A pesquisa alusiva ao Dia Mundial do Sono revela também que a faixa etária que mais se consulta com otorrinolaringologistas para tratar distúrbios do sono está entre 40 e 65 anos, sendo que há predomínio do gênero masculino (85,2%).

Além disso, o estudo também mapeou o comportamento do sono durante a pandemia. Do total de médicos(as) entrevistados(as), 67,3% disseram ter havido aumento na queixa dos(as) pacientes em relação a dormir bem no período entre 2020 e 2021.

E mais: durante a pandemia, as reclamações diferem em relação ao habitual. Nessa fase, a insônia foi o problema mais relatado pelos(as) pacientes (47,7%), seguido pelos relatos de roncos e apneias do sono (43%).

4) Os benefícios de respirar e dormir bem

A importância do sono é o grande recado transmitido pelo Dia Mundial do Sono, celebrado em 17 de março. Dormir bem é essencial para a manutenção da saúde física e mental. Para reforçar a mensagem, a ABORL-CCF realiza a campanha para a data com o tema “Ser feliz é dormir bem e respirar pelo nariz”.

A ação visa conscientizar que, se respiramos da forma correta, vivemos bem, dormimos melhor e alcançamos uma melhor saúde e qualidade de vida. “O sono bom é capaz de restaurar a energia gasta durante o dia, consolidar a memória, diminuir o trabalho cardiovascular e ativar o sistema imunológico”, diz o doutor Sguillar.

Alguns exemplos das principais funções restauradoras, que acontecem durante o sono, são:

  • Reposição energética;
  • Reposição hormonal;
  • Reconstituição dos tecidos;
  • Síntese de proteínas.

Ter uma boa noite de sono traz benefícios como:

  • Redução do risco de doenças cardiovasculares e diabetes;
  • Fortalecimento imunológico;
  • Liberação de alguns hormônios;
  • Manutenção do peso corporal saudável;
  • Consolidação da memória;
  • Regulação do humor;
  • Redução do estresse;
  • Melhora do foco e concentração;
  • Redução de acidentes de trabalho e automobilísticos.

5) Prevenção e mudança de hábitos

O diretor da ABORL-CCF e membro do Departamento de Medicina do Sono, Fabio Lorenzetti, enfatiza que, para dormir melhor, uma dica é adotar uma alimentação noturna à base de verduras e proteínas, evitando o excesso de carboidratos que leva à piora da qualidade do sono. Além disso, medicamentos que induzem ao relaxamento muscular também devem ser evitados.

O doutor Lorenzetti afirma que a obesidade é um fator de risco para os roncos e apneia obstrutiva do sono. “Pessoas que estão acima do peso depositam gordura na região do pescoço, levando a um maior número de quadros. Portanto, perder peso reduz as chances de sofrer estes distúrbios respiratórios.”

O médico também reforça a importância de buscar ajuda quando é percebida alguma dificuldade durante o sono. No consultório, o(a) profissional realiza uma avaliação detalhada, com exame físico, buscando encontrar alterações que estejam prejudicando a qualidade do sono do(a) paciente.

Em alusão ao dia e à semana do sono, a ABORL-CCF reforça: caso note dificuldades respiratórias ao dormir, procure o(a) seu(sua) otorrinolaringologista!

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