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O ronco, embora comum e, muitas vezes, até alvo de brincadeiras, é considerado um dos sintomas do distúrbio do sono. E se não for tratado corretamente, pode ocasionar problemas de saúde mais sérios. A condição está diretamente ligada ao relaxamento de uma musculatura da garganta e tudo que altera o funcionamento normal dela, pode ser considerado fator de risco.

Ao longo deste artigo, vamos entender melhor como acontece o ronco, seu grau de incidência, se existe algo que possa ser feito para evitá-lo, os tratamentos disponíveis e um pouco mais. Acompanhe!

 

Mas, afinal, o que é o ronco?

O ronco é o som da vibração das vias aéreas (nariz e garganta) causado pela dificuldade de passagem do ar. Estima-se que, acima dos 40 anos, aproximadamente quatro em cada dez pessoas roncam. Depois dos 60 anos de idade, esse número cresce ainda mais: cerca de seis em cada dez indivíduos.

Outro dado importante é que, apesar de atingir todos os tipos de pessoas, das mais variadas idades, costuma ser mais comum nos homens do que nas mulheres. Por uma questão hormonal, enquanto os homens começam a roncar por volta dos 40 anos de idade, as mulheres normalmente começam depois dos 50 anos, quando aumentam as oscilações dos hormônios.

Crianças e adolescentes também podem roncar, embora nessa fase seja menos comum. Nesses casos, ocorre principalmente por fatores físicos, como amígdalas e adenoides grandes, além de congestionamento nasal.

 

O que causa o ronco?

Listamos a seguir algumas possíveis causas para o ronco:

  • Envelhecimento.
  • Obesidade.
  • Consumo de bebidas alcoólicas (principalmente próximo ao horário de dormir).
  • Medicamentos com efeito relaxante muscular (podem relaxar a musculatura da garganta durante o uso).
  • Queixo retroposicionado (para trás).
  • Dormir de barriga para cima.

Quando devemos ligar o sinal de alerta?

 

O ronco é sinal de um sono profundo?

O sono é composto por um conjunto de fases que começam a partir do momento em que a pessoa adormece, vai se progredindo e tornando-se cada vez mais profundo, até o corpo atingir o sono REM (Rapid Eye Moviment), que é o mais difícil de ser alcançado, e é justamente nessa fase que o corpo consegue realmente relaxar.

Quem ronca e tem apneia do sono, dificilmente consegue atingir o sono REM e, consequentemente, acaba tendo um sono não reparador. Nem todos percebem, mas o ronco tende a atrapalhar o sono não só de quem ouve, mas também de quem ronca. E uma noite mal dormida traz consequências durante o dia, como:

  • Cansaço.
  • Sonolência diurna.
  • Irritação.
  • Dificuldade de raciocínio.
  • Perda de reflexo.

Além disso, uma noite de sono ruim também interfere na leptina (hormônio responsável pela regulação da saciedade) e pode fazer com que a pessoa passe a comer mais e, consequentemente, seja um potencial obeso. Por isso, especialistas recomendam dormir as horas necessárias para você acordar sempre no mesmo horário, respeitando seu relógio biológico, descansado e com disposição para realizar as atividades diurnas.

 

Ronco: um sinal de alerta para a apneia do sono

Até o momento, trouxemos neste artigo fatores que muitas vezes podem ser solucionados com uma mudança de hábitos, mas o ronco pode indicar problemas de saúde muito mais graves como é o caso da AOS (Apneia Obstrutiva do Sono). Essa é uma condição que faz o paciente não respirar direito, fazendo com que o sono fique fragmentado, inclusive pode associar-se à queda de oxigênio durante a noite.

A apneia do sono consiste no fechamento total das vias aéreas durante o sono, fazendo com que a pessoa tenha pausas respiratórias enquanto dorme. Tem duração de pelo menos dez segundos, e pode causar problemas mais sérios como distúrbios no coração, no metabolismo, alterações de humor, memória e sonolência excessiva diurna, aumentando as chances de acidentes automobilísticos.

A falta de ar, característica da apneia do sono, impulsiona o organismo a lançar mais adrenalina no sangue, o que provoca um aumento da pressão arterial e resistência à insulina. Ou seja, pacientes com apneia do sono têm maior tendência a desenvolver hipertensão arterial e diabetes, condições que aumentam a incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

 

Se você ronca, procure ajuda médica!

Dito isto, se você sente um ou mais sintomas relacionados aos problemas de saúde causados pelo ronco, procure ajuda médica. O tratamento vai depender dos sintomas e, por isso, é importante a avaliação de um especialista para o correto diagnóstico. Pode ser que o médico indique apenas algumas mudanças de hábito ou, em casos mais graves, utilização de CPAP (máscara que gera pressão de ar para manter a via aérea superior aberta durante a noite), ou até uma intervenção cirúrgica.

O especialista indicado para tratar os distúrbios do sono, principalmente a Apneia Obstrutiva do Sono, é o otorrinolaringologista.

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